Estudo da UA produz recomendações para a inovação e desenvolvimento das mutualidades

As raízes seculares do movimento mutualista são “um fator de orgulho”, mas “o movimento tem procurado estar atendo às novas tendências no que respeita à garantia das respostas sociais mais inovadoras e dos desafios sociais emergentes”, registou Teresa Carvalho, coordenadora do estudo “As Organizações Mutualistas na Sociedade Portuguesa do Século XXI, elaborado pela Universidade de Aveiro para a União das Mutualidades Portuguesas e apresentado na Reunião Anual de Presidentes.

O estudo sistematiza o papel destas instituições na complementaridade da Segurança Social, da prestação de cuidados de saúde e na ação social e aborda detalhadamente os desafios que se lhe colocam para o futuro.

Uma parte importante deste estudo reúne um conjunto de recomendações ao nível da clarificação conceptual e das particularidades do setor mutualista; da formação educação e emprego; e da liderança e governação democrática. São elencadas outras sugestões, no âmbito da cooperação e desenvolvimento das/nas Associações, da comunicação interna e externa, da criação de novas mutualidades e de novas áreas de resposta e práticas de sustentabilidade ambiental.

Pode consultar a versão digital do estudo, que a União das Mutualidades Portuguesas editou em publicação impressa, na Biblioteca Mutualista do site mutualismo.pt.

Na apresentação do estudo, Teresa Carvalho, vincou a importância da ação do movimento mutualista, que em muitos países da União Europeia se limitam a linhas de seguros e noutros nem sequer estão instituídas legalmente. “Os números revelam a importância comunitária internacional. Correspondem a mais de 232 milhões de membros e cerca de 3 milhões de organizações empregando 6% da mão de obra ativa”, salientou a investigadora da Universidade de Aveiro, que coordenou a equipa de investigação constituída, ainda, por Ana Rita Pereira, Bernardete Bittencourt e José Carlos Mota.