Presidentes Mutualistas defendem aprofundamento da cooperação com o Estado nos cuidados de saúde

A Saúde, dimensão económica do movimento mutualista e a capacitação foram temas que dominaram a VI Reunião Anual de Presidentes Mutualistas, que encerrou com a intervenção da Secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, encorajando as mutualidades a continuarem a contribuir para termos “mais e melhor Estado Social”.

Luís Alberto Silva, Presidente da UMP, lançou um apelo à ousadia dos Dirigentes: “não tenhamos receio de investir, de criar novas respostas e equipamentos nas nossas instituições. O arrojo nas nossas ações é a força propulsora do crescimento e desenvolvimento das mutualidades”.

Perante os presidentes e dirigentes das mutualidades, Miguel Guimarães, ex-Bastonário da Ordem dos Médicos, advogou a importância do aprofundamento da cooperação entre o Estado e o Setor Social, na prestação de cuidados de saúde.

Num painel moderado por Armanda Pereira, Presidente do Conselho Fiscal da UMP, Eduardo Pedroso, responsável pelas estatísticas e bases de dados da CASES, destacou o contributo das mutualidades para a economia, referindo a título de exemplo que são responsáveis por 37% do total dos impostos suportados pela Economia Social.

Abordando o programa de ação para 2024 do “primeiro centro de formação” na Europa especificamente dirigido às organizações sociais, Nuno Silva, diretor-executivo do CEIS (Centro para a Economia e Inovação Social), sublinhou que o principal objetivo desta estrutura é dar resposta às necessidades de formação das instituições, tendo em conta a especificidade de cada setor da economia social.

Na sessão de abertura, participaram a vereadora da Saúde da Câmara Municipal de Espinho, Lurdes Rebelo, que sublinhou o papel das associações mutualistas nas comunidades, e João Esteves, Vice-Presidente da UMP, manifestou a disponibilidade do setor para “apoiar o Serviço Nacional de Saúde”, a viver “uma situação de emergência”.